Lo de Pepe es cañero cien por cien. A su bola, hace lo que le viene en gana; nejor dicho, escribe lo que le peta. Aunque sea para un digital de ámbito nacional no se corta y defiende a un tal Alvise donde otros no le dan ni torta, como resto de analistas cobardicas y ¿perio_qué? Subimos a continuación el artículo de EL DEBATE para el que el propio Fernando Arrabal le envio dibujo ad hoc, y traducido al brasileiro por otro amigo de él, Wilson Coêlho. Quien tiene amigos como éstos es por algo, y no de locos precisamente estoy hablando. A continuación el artículo:
D. Quijote se encontra com Arrabal, Alvise e Kundera (Tradução de Wilson Coêlho)
Proliferarão falsos profetas, médicos loucos e malandros que usariam o cadáver do passado para criar repetidamente um monstro de Frankenstein. O passado não pode ser ressuscitado.
Este artigo é uma homenagem aos escritores Mircea Cantarescu e Georgy Gospodinov, romenos e búlgaros, respectivamente, que continuam a falar conosco através dos mortos, embora ainda estejam vivos por sorte. Obrigado a ambos.
Osera (Orense). Aqui estou o Quixote galego, porque D.Miguel me ressuscitou há algum tempo; Moro ao lado do Mosteiro, também conhecido como Escorial Galego. Eu me dou bem com os moradores da cidade e também posso ver e conversar com os mortos. À noite sinto uma inquietação crescente, porque parece que os mortos ficaram zangados porque os estavam a mover de um lugar para outro e preferem ficar calmos.
Neste momento, José Rivela Martínez (meu pai que morreu em 1976) está ao meu lado (aquele que escreve), fiando o coco. Eu sou capaz de adivinhar seus pensamentos. Sinto uma grande saudade e uma grande tristeza pelos desgostos que o fiz passar quando era jovem. Ele me diz: vou contar sobre o passado, estou pensando no monstro discreto do passado, sobre sua inocência enganosa e o que poderia acontecer se ele nos desse para trazer de volta o passado para fins terapêuticos (foi o que o governo oligárquico que você teve até recentemente entrou). Minhas tarefas e pensamentos sobre esse monstro que é o passado (memória) são como vasos comunicantes. Às vezes perco a noção do que é real e do que não é. Os pedaços de um fluem para o outro. Enfim, a questão principal em ambos os casos é como criar o passado. Enquanto aguardamos sua chegada, proliferarão falsos profetas, médicos loucos e malandros que usariam o cadáver do passado para criar repetidamente um monstro de Frankenstein. O passado não pode ser ressuscitado. Seus membros dispersos não podem se reunir. Tal coisa não pode ser tolerada. Foi o que o meu pai me disse e acabou por me dizer: procure um homem que viva em Madrid. Ele é um buscador da Verdade. O nome dele é Alvise Perez, procure-o, converse com ele e defenda-o. E meu pai vai embora com a família.
Agora na esplanada do mosteiro aparecem Fernando Arrabal e Milan Kundera (um vivo e um morto caminhando juntos: é assim que dá prazer). Enquanto Arrabal canta um poema para Kundera: Preto e profundo / como um assalto cego / nada pode matar / minha tristeza / perder / quem melhor / mediu a sombra da sombra / com a luz da história / e seus episódios / como viver sem você / procurando por você sem descanso / quando você chegar ao Sol / como as horas já doem / entre soluços inúteis.
Agora o pintor de Peares, Vázquez Ribada (carinhosamente conhecido como Donchiflado) aparece e dá a Kundera um painel pintado (encontrado no rio Minho) para acompanhá-lo na nova travessia do Hades. Agora, Kundera dirige-se a todos nós na esplanada do Mosteiro: com o passar dos anos, acho cada vez mais difícil distinguir quem escreve para o outro. Ou talvez um terceiro escreva para nós dois, sem colocar esforço especial ou perseverança. Às vezes sou mais feliz e melhor, é assim que me escrevem, e eu voo, mas no parágrafo seguinte cortam-me as asas e eu cambaleo como uma pomba ao nível do solo. Repito: não se esqueçam que estão do outro lado da história, não se esqueçam que estão do outro lado da história… Quem escreve é você, não ela escreve. Se você começar a sentir que alguém está escrevendo para você, você está acabado, os demônios se apoderaram de você, o que você mais teme chegou, seu cérebro está esvaziando como um celeiro no inverno. Não, eu ainda controlo a situação… Eu ainda fecho as portas e canto as portas, eu acho.
Quem escreve sou eu… Enquanto escrevo, sei quem sou; Quando eu paro, não tenho mais tanta certeza. Enquanto continuo a escrever digo-vos (agora dirige-se ao Quixote galego, isto é, a mim, que sou capaz de se metamorfosear) que procurem um homem em Madrid. O nome dele é Alvise Perez, procure-o, converse com ele e defenda-o. E desaparece do palco teatralmente conversando com o amigo Fernando Arrabal.
Bem, nada, vamos lá. Cervantes me diz: pegue o cachorrinho e a cachorrinha (Dulci e Nea) e vamos à Justiça. Primeiro passaremos pela caverna de El Cerca, em Orense, onde os cavaleiros da mesa retangular nos ajudarão na viagem. Sem pressa e sem pausa chegamos à rua Cardenal Quevedo e encontramos a Gruta. Quando entramos com os cães, os cavaleiros, que já nos esperam, levantam-se e o Cerimonial toma a palavra e diz-nos: Por esta porta aparecerás em casa de Alvise. Tenha cuidado. Dulci e Nea olham e farejam o panorama e nos esgueiramos pela porta e em uma dobra aparecemos na casa de Alvise. Ele nos diz: Através do vasto panorama da política espanhola, como se fosse um tecido delicado tecido com fios de ouro e cinzas, vemos como formas, tons e nuances emergem. Da mesma forma que a clareza emerge da névoa de uma madrugada, os rostos e as vozes da luta pela liberdade emergem em meio à cacofonia do discurso político. E um pouco mais alegres voltamos ao mosteiro de Osera.
Boas a todos.
1 comentario en “Pepe Rivela y su nuevo artículo en EL DEBATE”
Imos ver si Arrabal Fernando , Kundera , Alvise e Cervantes chegan ao Mosteiro de Oseira. Gracinhas ao eldebate.com a Perez Maura e a Bieito Rubido por ser dos poucos que se atreven a mencionar a Alvise. ???✌️☺️???????☹️??